precisamos falar sobre o pcdt de angioedema hereditário

Por que precisamos falar sobre o PCDT de Angioedema Hereditário?

Por CDD

Neste artigo, entenda porque precisamos falar sobre o PCDT de Angioedema Hereditário.

O Angioedema Hereditário é uma doença caracterizada por crises de inchaço em diferentes partes do corpo, incluindo pés e mãos, genitais, estômago, rosto e garganta. Ela é potencialmente fatal, pois as crises de inchaço podem afetar também órgãos internos como a faringe, causando obstrução nas vias aéreas.

Por isso, ter tratamentos que cubram tanto a profilaxia (para evitar crises) quanto para uso durante a crise, são de extrema importância para pessoas que vivem com esta condição. Mas isso de fato acontece?

Mas antes, você sabe o que é PCDT?

O Protocolo Clínico de Diretrizes terapêuticas (PCDT) é um guia que define como o(s) tratamento(s) serão conduzidos.

Está em trânsito uma atualização do PCDT de angioedema hereditário na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O documento tem pontos positivos e negativos, então é preciso dar continuidade à discussão sobre os protocolos utilizados.

Precisamos falar sobre o PCDT de Angioedema Hereditário

De acordo com as especialistas, há um avanço na adição de dois medicamentos de primeira linha para tratamento de crises (inibidor de C1 esterase derivado do plasma humano e o acetato de icatibanto). Entretanto, ambos estão restritos ao uso hospitalar. Devido às características das crises, que podem bloquear a laringe rapidamente, e do acesso hospitalar no Brasil (um país de grandes dimensões e concentração de serviços de saúde), é necessário que existam critérios para o uso destes medicamentos de forma domiciliar em momentos de crise. 

Outra fragilidade do protocolo é a única opção para tratamento profilático segue sendo o danazol. Então, o problema está no fato de que este é um andrógeno atenuado. Ou seja, é hormônio masculino, o que significa que não é indicado para mulheres grávidas ou crianças e adolescentes.

Além disso, o danazol também apresenta fortes efeitos colaterais (como alterações menstruais e hepáticas). O danazol também tem atualmente um problema crônico de desabastecimento nos postos de saúde. No momento, portanto, não há opção protocolar de medicamento preventivo para o uso das pessoas com contraindicações, ou nas quais o danazol apresente falha terapêutica. 

Chamada Pública nº 65/2024

Como opção para o uso preventivo voltou à discussão na Conitec o lanadelumabe para profilaxia de crises de angioedema hereditário (de tipo I/II), em que o paciente apresentou falha ou contraindicação a danazol e três ou mais crises por mês. No presente momento (até dia 23/09/2024), o lanadelumabe está sob Chamada Pública, aberta para a participação na “perspectiva do paciente” – espaço na reunião da Conitec para que usuários relatem sua experiência sobre o tema em avaliação. 

Quem pode participar?

Pessoas que vivem com angioedema hereditário ou seus familiares que quiserem relatar a experiência com o lanadelumabe ou medicações para AEH. Esse relato vai contribuir para reunião posterior da Comissão. Ou seja, um bom depoimento rico em detalhes é urgente para o relatório que determina (ou não) a incorporação.

Você pode participar através de sua conta no gov.br no portal Participa + Brasil. 

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