Uma doença autoimune, inflamatória, rara, grave e ainda sem cura não é uma sentença de morte

Sentença de morte é o que fazemos diante dessa situação

Eu sou a Dani Americano, 45 anos, mãe do Pedro, de 20, e da peludinha Serena, de  5. Sou também Palestrante Motivacional, Coach de Saúde Integral, Plant-based  Chef, Advogada, Publicitária, Fundadora e Coordenadora do Somos Elos, um grupo  de pessoas que se reúne para dar um Natal com mais alegria para crianças de  comunidades carentes. 

Adoro praticar atividades físicas: Yoga, Natação, Handbike, Tênis, Dança…  qualquer coisa que mexa o corpo para liberar endorfina. 

Para além de tudo isso, há uma década tenho diagnóstico de uma doença  neurológica, autoimune, desmielinizante, rara e grave chamada Neuromielite Óptica  (NMO). Por causa de um diagnóstico errado, perdi todos os movimentos do peito  para baixo, me tornando tetraplégica funcional. 

Fiquei cadeirante e completamente dependente das pessoas para tudo. Não era  capaz de me virar na cama sozinha! E, quando o faziam por mim, era preciso colocar  um travesseiro nas minhas costas, para que eu não tombasse de volta. 

Mas a minha vida não é o que me acontece, ela é o que eu decido ser! 

Assim, desde o início do diagnóstico, quando o prognóstico era de 5 anos de vida  mal vividos, com possibilidades pioras recorrentes ou mesmo de desenvolver  um câncer, EU DECIDI QUE AJUDARIA MEU CORPO A DESINFLAMAR E A NÃO  MAIS INFLAMAR. Afinal, trata-se de uma doença inflamatória. 

Então, optei pela mudança no meu estilo de vida dando início a uma alimentação  anti-inflamatória. 

Eu fazia fisioterapia diariamente, mas passei os primeiros quatro anos praticamente deitada na cama, em razão das dores, fadiga e sobrepeso. Ocorre que, com a  mudança na alimentação, minhas dores e fadiga melhoraram e pude intensificar as atividades físicas. 

Aliado a tudo isso, sempre mantive a fé e o pensamento positivo: meu médico  comentou que não poderia dizer se eu voltaria ou não a andar; decidi então, que ficar com os 50% de chance que me favoreciam e me foquei neles! 

No que se refere ao pensamento positivo, tenho exercitado a Gratidão, procurando  sentir felicidade nas pequenas coisas do cotidiano. Dessa forma, quando alguma  coisa não boa acontece ou pensamentos tristes vêm à minha mente, e eles vêm,  porque não temos controle sobre isso, busco desfocar e pensar naquilo que me faz 

feliz. Dessa forma, os sentimentos de gratidão, felicidade e paz tomam conta de mim  e o de tristeza desaparece. 

E o resultado de todo esse trabalho é que, contrariando os prognósticos  médicos, deixei de ser tetraplégica funcional e hoje sou capaz de ficar 60  segundos em pé sem apoios. 

Ainda, quando decidi mudar meu estilo de vida, transformar minha alimentação e  criar hábitos saudáveis, ajudei o meu corpo a desinflamar e, como consequência,  consegui, além de ficar 60 segundos em pé sem apoios, desinchar totalmente,  mesmo tomando corticoide diariamente (eu inchei 5 números de roupa, devo ter  engordado uns 40 kgs); melhoras nas dores e na fadiga, características da doença;  diminuir os remédios para dor; ter mais disposição. 

Por fim, convido vocês a conhecerem o NMO Brasil, um grupo de pacientes do qual sou uma das fundadoras e coordenadora, que trabalha pela informação e  Conscientização da Neuromielite Óptica.