Enxaqueca
29.04.2024 Enxaqueca

Conheça a enxaqueca: diagnóstico, sintomas e tratamentos

Por CDD

O que é enxaqueca?

A enxaqueca é uma doença neurológica que tem como característica episódios de dor de cabeça latejante, cuja intensidade varia entre moderada e forte. Além disso, podem ocorrer crises que duram entre 4h e 72h.

A causa principal da enxaqueca é o fator genético. No entanto, a tendência genética interage o tempo todo com o ambiente, influenciando os chamados “gatilhos”. Apesar de não serem causadores, os “gatilhos” da enxaqueca podem desencadear as crises.

Sintomas

O principal sintoma de enxaqueca é a dor de cabeça intensa, em um ou os dois lados da cabeça. Porém, existe uma variedade de outros sintomas característicos. São eles:

Algumas pessoas podem perceber outros sintomas, especialmente no pré ou pós uma crise de dor de cabeça. 

Mais de 75% das pessoas apresentam sintomas pré-crise. Entre eles, estão: mudanças emocionais como irritabilidade, tontura, maior sede e/ou vontade de urinar, fadiga e impulso por alimentos açucarados.

Após o auge da dor, o pós-crise pode ter como marcas: exaustão, dores no corpo e irritabilidade. 

Diagnóstico

O diagnóstico de enxaqueca é feito através de exame clínico, com avaliação dos sintomas, histórico familiar e pessoal detalhado. Ele pode ser feito por neurologista ou clínico geral. Em alguns casos, o profissional de saúde poderá solicitar exames de neuroimagem. 

Como sugestão, a Sociedade Internacional de Cefaleia (International Headache Society) indica como critério diagnóstico para enxaqueca:

a) Pelo menos cinco episódios preenchendo os critérios de b, c ou d;

b) Episódios de cefaleia com duração de 4 a 72 horas (não tratada ou tratada sem sucesso);

c) A cefaleia tem, pelo menos, duas das quatro características seguintes:

d) Durante a cefaleia, pelo menos, um dos seguintes:

e) Não ter explicação melhor através de outro diagnóstico.

Tratamento

O tratamento da enxaqueca se divide entre agudo e preventivo. 

Tratamento agudo: é o tratamento da crise em si. Ele deve entrar em ação assim que a dor se manifestar. É muito comum que as pessoas retardem o início do medicamento, esperando que a dor passe sozinha, porém isto não acontece. 

O tratamento preventivo deve ser considerado quando a enxaqueca passar de três vezes ao mês, causando incapacidade significativa devido a intensidade. O objetivo é a diminuição da frequência e da intensidade da dor. Podem ser usados diversos medicamentos, que são escolhidos de acordo com o perfil de cada paciente. 

Também é recomendado para a melhora dos sintomas a manutenção de hábitos saudáveis, como: rotina diária de sono, alimentação saudável, hidratação adequada, controle de estresse e prática de atividades físicas.

Orientações gerais para a enxaqueca

Por Denis Bichuetti, neurologista

1. Sono: procure dormir de forma regular ao longo da semana e finais de semana, já que tanto a privação de sono quanto “dormir além do habitual” podem provocar crises.

2. Alimentação: regularidade alimentar é muito importante. Por isso, recomendo comer de 3 em 3h ou de 4 em 4h e evitar jejum prolongado. Alguns alimentos podem desencadear crises, mas não há necessidade objetiva de você evitar todos eles, mas, sim, observar se algum deles ou seu excesso provoca crises no seu caso. Veja alguns exemplos:

3. Atividade física regular pode auxiliar na prevenção de crises. Por isso, é recomendável que você realize pelo menos 30 minutos de atividade, 3 vezes na semana.

4. O estresse em excesso também pode provocar crises. Logo, é importante saber controlar as atividades do dia a dia, assim como manter uma rotina balanceada entre trabalho, lazer e família.

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