Um diagnóstico nada precoce
Pra esse primeiro post, quero começar dizendo que aceitei esse convite por um único motivo: Não queria que mais nenhuma mãe sentisse a frustração que senti quando descobri, aos 5 anos da Nina, que a doença dela tinha nome, sobrenome e cuidados específicos.
Pra falar melhor disso, vamos falar um pouco do diagnóstico: No dia em que a Nina fez um mês de idade, saímos para jantar em família e notei pequenas bolinhas vermelhas, levemente ásperas, no rosto, no pescoço, na barriga e nas dobras do braço. Naquela mesma semana fomos à dermatologista, e a médica (que infelizmente, não me lembro o nome) me disse exatamente assim: – “Mãezinha, ela está com uma alergiazinha, super comum em bebês. Passa tal creme de pele e só” Note que ela disse “está”, como se fosse algo que dá e passa. Daí em diante foram mais 5 anos até entender o que a Nina tinha e como devíamos tratar corretamente. 5 anos que os braços dela feriram porque nós não cuidamos como devia.
Até que um dia, nas férias, ela chegou a tomar medicamento na veia porque as feridas estavam grandes demais, coçavam mais que o normal e estavam sangrando só dela se movimentar ou se esticar. Foi aí que conseguimos o diagnóstico de D.A. (Dermatite Atópica) e começamos a cuidar como devia. Entendem o porquê, no início do post eu citei minha frustração? Porque muita coisa poderia ter sido evitada. Como mãe, fiquei me questionando, me culpei…
Então estou aqui hoje para tentar levar as nossas experiências a quem precisa, pra que possamos ajudar outras mãe, outras crianças a terem uma vida mais normal e fazer esse tempo que vivemos sem o diagnóstico correto, valer a pena.
O meu recado pra esse primeiro post? SEMPRE, sempre consultem uma segunda opinião médica!