16.12.2022 Outras Patologias

Conitec abre consulta pública para PCDT de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida

Comissão recebe contribuições da sociedade para consulta pública para PCDT de insuficiência cardíaca até o dia 2 de janeiro 

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS abriu consulta pública, no dia 14 de dezembro, para proposta de aprovação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida. A Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde sugeriu a discussão.

A Conitec receberá contribuições da sociedade e profissionais de saúde até o dia 2 de janeiro de 2023; para participar, clique aqui.

A insuficiência cardíaca (IC) é a via final de muitas doenças que afetam o coração, o que explica a sua crescente prevalência. A atenção aos pacientes é um desafio pelo caráter progressivo da doença, a limitação da qualidade de vida e a alta mortalidade.

Recentemente, o número de pessoas vivendo com insuficiência cardíaca no mundo foi estimado em 23 milhões, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Uma em cada cinco pessoas tem chance de desenvolver a síndrome ao longo da vida.

Segundo o Ministério da Saúde, no período de 2004 a 2014, foram registradas 301.136 mortes decorrentes de IC em hospitais públicos brasileiros. Entre os anos de 1998 e 2019, foram registrados 567.789 óbitos por IC em adultos com idade acima de 50 anos.

Para diagnosticar a insuficiência cardíaca, os médicos realizam uma anamnese, ou seja, uma série de perguntas sobre o histórico de vida e familiar da pessoa, e exame físico. Os principais sinais e sintomas são: dispneia, ortopneia, edema de membros inferiores e fadiga. Alterações eletrocardiográficas e na radiografia de tórax são comuns.

A Conitec divulgou um parecer preliminar favorável à publicação do PCDT para a doença  com fração de ejeção reduzida.

O que dizem os demandantes

A proposta de elaboração do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida é oriunda da atualização das Diretrizes Brasileiras para diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, demandada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde.

No documento, sugere-se a incorporação de dapagliflozina para o tratamento adicional de pacientes adultos com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (FEVE<40%), NYHA II-IV e sintomáticos apesar do uso de terapia padrão com inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou antagonista do receptor da Angiotensina II (ARA II), betabloqueadores, diuréticos e antagonista do receptor de mineralocorticoides.

O PCDT também traz uma abordagem não medicamentosa voltada para o autocuidado e pressupõe a atuação de uma equipe interdisciplinar na redução da morbimortalidade e melhora da qualidade de vida.

O autocuidado consiste na adoção de um conjunto de comportamentos em saúde associados a melhores resultados na adesão medicamentosa, prática de atividade física, dieta saudável, controle de peso, monitorização dos sinais e sintomas.

No relatório apresentado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde à Conitec, aponta-se para a necessidade de um modelo de acompanhamento longitudinal, multidisciplinar, colocando a atenção primária à saúde (APS) como agente central do atendimento. “No entanto, a complexidade e a falta de familiaridade com o tratamento da doença podem motivar o encaminhamento de muitos dos pacientes para serviços especializados. Esses encaminhamentos devem ser evitados, uma vez que a APS possui condições de proporcionar adequada assistência à maioria dos pacientes com IC”, diz a Secretaria.

Saiba como participar da consulta pública

A consulta pública para o PCDT de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida vai até o dia 2 de janeiro. Para dar opinião sobre o assunto e participar da consulta, acesse o portal da Conitec.

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