18.11.2022 Osteoporose

Romosozumabe: tratamento para osteoporose grave em mulheres pós-menopausa é incorporado ao SUS

A Conitec decidiu favoravelmente à incorporação do Romosozumabe para o tratamento da Osteoporose grave em mulheres pós-menopausa ao SUS

As contribuições à consulta pública para avaliar a incorporação do Romosozumabe ao Sistema Único de Saúde (SUS) puderam ser enviadas até o dia 7 de novembro e inicialmente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a não incorporação do medicamento. Esse tema foi discutido durante a 112ª  Reunião Ordinária da Comissão, realizada nos dias 31 de agosto e 1° de setembro de 2022. Na ocasião, considerou-se que as evidências de custo-efetividade do medicamento foram insuficientes e as estimativas de impacto orçamentário, frágeis.

O que é Osteoporose?

A Osteoporose, que literalmente significa osso poroso, é uma condição em que os ossos se tornam finos e perdem sua força. Isso pode levar a fraturas, que causam dor e tornam as atividades diárias extremamente difíceis. Estima-se que, no mundo, mais de 200 milhões de pessoas tenham Osteoporose. Os valores de prevalência dela em mulheres na pós-menopausa aumentam com o avanço da idade. Entre aquelas com 60 anos, a doença afeta 10%; 20% das mulheres de 70 anos; 40% das com 80 e 66% das com 90 anos.

Muitas pessoas não sabem que têm Osteoporose até a primeira fratura, e por isso é chamada de “doença silenciosa”. Pessoas com Osteoporose podem sentir dores agudas e perder a mobilidade nas vértebras. Após uma fratura de quadril, cerca de um quarto das pessoas morrem ou nunca voltam a andar. Ou seja, há uma significativa redução na qualidade de vida, bem-estar e autonomia das pessoas que vivem com a patologia.

Sobre o Romosozumabe

Com bula aprovada pela Anvisa, o Romosozumabe é indicado para o tratamento de Osteoporose em mulheres na pós-menopausa com alto risco de fratura ou pacientes que falharam ou são intolerantes a outra terapia disponível. O medicamento, ao inibir uma proteína chamada Esclerostina, promove o desenvolvimento ósseo e reduz a quebra dos ossos. Esse efeito duplo promove a melhora da massa e estrutura óssea. O remédio é tomado uma vez por mês, por meio de uma injeção. 

Segundo a médica Pérola Grinberg Plapler, especialista em Medicina Física e Reabilitação e integrante do Conselho Científico da CDD, “Quando comparando com as outras drogas em uso no mundo, o Romosozumabe se mostra mais eficaz, e com a diminuição do número de fraturas, melhora muito a qualidade de vida dos pacientes que fazem uso”.

“As fraturas evitadas diminuem os custos com cirurgia, internação, reabilitação, custos emocionais e sociais para o paciente e familiares, fazendo com que a medicação tenha um bom custo-benefício. Mais um dado relevante é que essa droga é injetável no subcutâneo e aplicada uma vez por mês. É de fácil manuseio e uso, evitando todos os efeitos colaterais da medicação oral”, conclui Pérola.

Posicionamento CDD

A CDD se posicionou favorável a incorporação do Romosozumabe no SUS e entende que a incorporação do medicamento é um importante avanço no tratamento da Osteoporose em pacientes que, anteriormente, estavam sem opção de terapias medicamentosas. Para a vice-presidenta e gerente geral da CDD, Bruna Rocha, a notícia é uma vitória a ser celebrada. 

“A incorporação do Romosozumabe representa o acesso a uma terapia segura e um alívio às mulheres que vivem com a Osteoporose. Há também a redução do tempo de tratamento, que somado ao maior espaçamento entre as doses, proporciona uma economia financeira. Além de auxiliar na adesão ao tratamento, visto a facilidade posológica da medicação”, afirma Bruna. 

Viver com Osteoporose não precisa ser uma sentença de prisão perpétua. Existem medicamentos – assim como o Romosozumabe, que aliados a mudanças de estilo de vida, ajudam as pessoas com a patologia a desfrutarem de um estilo de vida ativo e com bem-estar. 

A CDD está aqui para te ajudar também com conselhos e dicas sobre: quedas e fraturas, tratamento, exercícios físicos e nutrição. Tem alguma dúvida? Fale com a gente! 

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