O que causa Esofagite Eosinofílica?

Por CDD

A Esofagite Eosinofílica (EoE) é uma condição autoimune crônica e progressiva. Especialistas ainda não sabem apontar por que algumas pessoas desenvolvem EoE. No entanto, como é o caso para muitas doenças autoimunes, acredita-se que envolve fatores genéticos e ambientais. O que já se sabe é que a EoE é uma doença inflamatória Tipo 2.

Inflamação do tipo 2

É uma resposta específica do sistema imune para combater infecções parasitárias. Por motivos que não se conhecem ainda, em algumas pessoas ativa-se esta resposta imune sem que uma infecção esteja ocorrendo. As doenças causadas por inflamação tipo 2 são, portanto, respostas exageradas do sistema imune a um alérgeno.

Na EoE, esta reação é causada por uma reação autoimune exagerada do corpo a determinados alimentos ou substâncias que existem no ambiente, como pó, mofo, pólen entre outros. Leia mais sobre doenças inflamatórias do Tipo 2 aqui.

Pessoas que apresentam EoE geralmente tem também histórico de outras doenças alérgicas ligadas a inflamação Tipo 2 – cerca de 70% apresentam rinite alérgica, 36% têm asma, além de dermatite atópica (14%) e alergias alimentares (24%). A presença deste tipo de condição é um sinal de alerta para o diagnóstico de Esofagite Eosinofílica. 

Como a Esofagite Eosinofílica afeta o esôfago?

Na inflamação Tipo 2, existe uma produção anormal de eosinófilos (células de defesa do sangue), que em concentração elevada podem causar reação alérgica. Quanto à EoE, há um excesso destas células no esôfago. Por isso, o melhor método diagnóstico ainda é a biópsia com contagem eosinofílica.

O aspecto progressivo da EoE faz com que esta inflamação, quando não tratada, vá causando cada vez mais danos ao tecido do esôfago. Assim, torna cada vez mais difícil a ingestão.

Isto é, as cicatrizes causadas pela EoE fazem com que o esôfago fique cada vez mais “fechado”, piorando progressivamente a alimentação, pois engolir o alimento se torna cada vez mais difícil.

Esta piora progressiva é um dos aspectos mais alarmantes da EoE. Por conta deste impacto alimentar progressivo, em casos muito graves pode ser necessária a dilatação endoscópica do esôfago – um procedimento bastante invasivo. Por isso, ter um diagnóstico o quanto antes é essencial para a manutenção de um plano de tratamento adequado e uma melhora na qualidade de vida da pessoa com EoE.

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