11.08.2021 Saúde Pública

Zizi e Luiza Possi participam da campanha De Todo Coração e alertam sobre os cuidados com a saúde cardiovascular durante a pandemia

Por CDD

Iniciativa reúne diversas entidades e empresas em ações educacionais e de prestação de serviço à população além de oferecer apoio a médicos e profissionais de saúde

São Paulo, 11 de agosto de 2021 – A campanha De Todo Coração tem como objetivo alertar a população, especialmente pacientes com risco ou doença cardiovascular, sobre a importância de manter a rotina de acompanhamento de saúde, mesmo durante a pandemia. Trata-se de um projeto do Instituto Coalizão Saúde (ICOS) e da Boehringer Ingelheim, com apoio de diferentes entidades dos segmentos público, privado e terceiro setor, incluindo Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), SESI, Grupo NotreDame Intermédica, Crônicos do Dia a Dia (CDD), Hospital Sírio Libanês, InovaHC, Fundação Faculdade de Medicina da USP e outros.

Para marcar o lançamento da campanha, as cantoras Zizi e Luiza Possi fizeram um vídeo explicando a importância do cuidado com o coração em todos os momentos da vida, fazendo um apelo para que as pessoas realizem exames preventivos e não interrompam o tratamento sem orientação médica.

Além do engajamento das celebridades, a iniciativa também conta com mutirões de saúde para detecção de risco cardiovascular, seguindo todos os protocolos de segurança preconizados pelas entidades sanitárias. A primeira ação de testagem será realizada no Memorial da América Latina em 2 de setembro, das 10h às 16h.

Além da população em geral, a campanha também será voltada a profissionais de saúde, que receberão materiais de apoio para orientação dos pacientes sobre a importância da prevenção e do acompanhamento das doenças cardiovasculares e os cuidados de segurança relacionados à pandemia.

“A pandemia é um cenário sem precedentes na história da humanidade e, por isso, causa muita insegurança. Porém, precisamos prover informação de qualidade para que o cuidado com o coração continue, pois as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em nosso país e no mundo e elas não podem esperar”, explica Dr. Claudio Lottenberg, Presidente do Instituto Coalizão Saúde. “Algumas enfermidades, como diabetes tipo 2, podem ser assintomáticas e, por isso, exames preventivos para diagnóstico e tratamento são primordiais”, completa o médico.

Para a diretora médica da Boehringer Ingelheim no Brasil, Dra. Thais Melo, a iniciativa reforça o propósito da companhia de contribuir para a saúde da população brasileira. “Colocamos as pessoas no centro de tudo o que fazemos, sempre pensando na promoção da saúde e do bem estar. Ao liderar esta campanha ao lado de tantos parceiros importantes, queremos contribuir para gerar impacto positivo para a saúde no Brasil”, afirma.

Mais informações sobre a campanha De Todo Coração estão disponíveis nas mídias sociais da Boehringer Ingelheim, do Instituto Coalizão Saúde e dos demais parceiros.

Ação para Avaliação de Risco Cardiovascular

02 de setembro, quinta-feira

Das 10h às 16h

Memorial da América Latina

Portão 8

Doenças crônicas durante a pandemia

A pandemia gerou insegurança nos pacientes com doenças crônicas, que deixaram de buscar ajuda médica. O medo de serem infectados pelo novo coronavírus fez com que muitos deixassem de lado o acompanhamento de doenças crônicas, o que pode ter agravado a situação clínica desses pacientes, causando redução nas hospitalizações e aumento na mortalidade1. Dados mostram que houve uma diminuição de 15% no número de internações por doença cardiovascular entre março e maio de 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior. Já a taxa de mortalidade cresceu em 9% na comparação com o mesmo período1.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, tendo sido responsáveis por, aproximadamente, 17,6 milhões de óbitos em 20162. No Brasil, o cenário não é muito diferente. De acordo com o cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), ocorreram 1.100 mortes por dia desde o início de 20213.

Além disso, as doenças cardiovasculares estão entre as comorbidades que podem agravar a situação clínica dos pacientes, especialmente os mais idosos, que forem acometidas pelo vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-194. Entre as doenças cardiovasculares mais comuns está a insuficiência cardíaca (IC)5, que acontece quando o coração do paciente não tem força suficiente para bombear a quantidade necessária de sangue para o corpo6. Alguns dos sintomas são falta de ar, especialmente durante atividades físicas ou rotineiras como caminhar curtas distâncias, subir escadas, entre outros6. A IC é uma doença progressiva que pode se manifestar em episódios agudos que levam ao agravamento dos sintomas e consequente internação6.

Não são apenas as doenças cardiovasculares que oferecem risco ao coração. O diabetes, por exemplo, que é tão comum, aumenta de duas a quatro vezes o risco de morte por doença cardiovascular7, além de ser um fator de risco para o acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, insuficiência cardíaca (IC), doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) e doença microvascular7. Estima-se que a doença acometa cerca de 16,8 milhões de brasileiros8. Durante a pandemia, junto com as doenças cardiovasculares, o diabetes foi uma das comorbidades mais frequentes nos óbitos registrados por COVID-199.

Em meio a tudo isso, apesar do receio da infecção pelo novo coronavírus, os pacientes com doenças crônicas devem manter o acompanhamento periódico, mesmo que virtualmente (telemedicina). Por isso, a orientação é manter as consultas e exames em dia, e também não começar ou interromper qualquer medicamento sem orientação médica.

Referências

  1. Normando PG, et al. Reduction in Hospitalization and Increase in Mortality Due to Cardiovascular Diseases during the COVID-19 Pandemic in Brazil. Arq Bras Cardiol 2021;116(3):371-80.
  2. Doenças cardiovasculares. Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/doencas-cardiovasculares. Acesso em: 20/07/2021.
  3. Cardiômetro. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em: http://www.cardiometro.com.br/. Acesso em 29/07/2021.
  4. Kawahara, Lucas Tokio, et al. Câncer e Doenças Cardiovasculares na Pandemia de COVID-19. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 115 (2020): 547-557.
  5. Descubra quais são as 5 doenças cardiovasculares mais comuns. Federação Médica Brasileira. Disponível em: http://portalfmb.org.br/2016/09/26/descubra-quais-sao-as-5-doencas-cardiovasculares-mais-comuns/. Acesso em 14/07/2021.
  6. Heart failure matters. What goes wrong in heart failure? Disponível em: http://www.heartfailurematters.org/en_GB/Understanding-heart-failure/What-goes-wrong-in-heart-failure. Acesso em 26/06/2020
  7. Metade dos brasileiros subestimam consequências mais graves do diabetes. Disponível em: https://diabetes.org.br/metade-dos-brasileiros-subestimam-consequencias-mais-graves-do-diabetes/. Acesso em 20/07/2021.
  8. International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas, 9th edn. Brussels, Belgium: 2019. Disponível em: http://www.diabetesatlas.org . Acesso em 14/07/2020.
  9. Boletim Epidemiológico. Ministério da Saúde. Disponível em: https://linhadefrente.cfm.org.br/boletins-epidemiologicos/. Acesso em 14/07/2021.

Para mais informações:

Mariana Brazmbraz@webershandwick.com

Lucas Mendeslmendes@webershandwick.com

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