ANS abre consulta pública para incorporação de dupilumabe para tratamento de asma grave
Agência Nacional de Saúde Suplementar recebe contribuições na CP para incorporação de dupilumabe para asma grave da sociedade até o dia 20 de setembro
A Agência Nacional de Saúde Suplementar abriu consulta pública para avaliar a incorporação de dupilumabe para tratamento de asma grave com inflamação tipo 2, com fenótipo alérgico, e que não tenha sido controlada apesar do uso de corticosteroide inalatório associado a β2 agonista de longa duração.
Além disso, para o uso do medicamento, é preciso haver evidência de sensibilização a pelo menos um aeroalérgeno perene documentada por teste cutâneo de puntura ou dosagem de imunoglobulina (IgE) sérica específica in vitro e com níveis basais de IgE acima de 30 UI/mL, e em uso contínuo de corticosteroide oral nos últimos seis meses ou apresentando três ou mais exacerbações asmáticas necessitando de tratamento com corticoesteroide oral no último ano.
A consulta pública vai até o dia 20 de setembro; para participar, clique aqui.
Atualmente, a tecnologia alternativa disponível no rol dos planos de saúde é o omalizumabe. A proponente Sanofi Medley Farmacêutica LTDA defende que o dupilumabe pode ser mais uma boa opção terapêutica para pacientes com asma grave e médicos que os atendem. A Associação Brasileira de Asma Grave (ASBAG) é favorável à medida, uma vez que os pacientes conseguiram melhorar a qualidade de vida ao longo do tratamento.
A ANS divulgou um parecer preliminar favorável à incorporação do medicamento no rol de procedimentos e tratamentos da Saúde Suplementar.
O que dizem os especialistas
A médica pneumologista Angela Honda, líder de programas educacionais da Fundação ProAr, é favorável à incorporação do dupilumabe para pacientes com asma grave com inflamação tipo 2, com fenótipo alérgico. “Até porque a população de paciente com asma grave é bem pequena, mas sofre muito. Então, a gente não tinha opção de tratamento para esses pacientes e, com a vinda dos biológicos, a gente tem uma qualidade de vida e um controle melhor da doença”, afirma.
O que dizem os demandantes
Em relatório apresentado para técnicos da ANS, a demandante afirma que o medicamento possui “mecanismo de ação diferente do omalizumabe complementando o arsenal terapêutico, possibilitando o tratamento individualizado e atendendo a parte da população não contemplada na bula do mesmo”.
O documento também garante que o dupilumabe reduz em 41% o risco de exacerbações em comparação com placebo e demonstra um efetivo controle da doença, diminuindo o uso de corticosteroides orais e melhora significativa da função pulmonar. No quesito segurança, ainda de acordo com a Sanofi Medley, não está associado a maior frequência de eventos adversos e, do ponto de vista econômico, em média, “o custo por paciente tratado com dupilumabe é inferior ao omalizumabe”.
Saiba como participar da consulta pública
A consulta pública para incorporação de dupilumabe no rol de tratamentos da ANS para asma grave com inflamação tipo 2, com fenótipo alérgico, vai até o dia 20 de setembro. Para dar opinião sobre o assunto e participar da consulta, acesse o portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar.