Consulta pública de asma avalia incorporação do dupilumabe
Participe: consulta pública para incorporação do dupilumabe para asma grave e reavaliação do omalizumabe para asma alérgica grave
Está aberta uma consulta pública para duas avaliações para asma grave. A CP Conitec/SECTICS nº 87/2024 propõe a incorporação do Dupilumabe para asma grave, não controlada com CI/LABA (fenótipo T2 alto alérgica). Por outro lado, essa consulta também prevê a retavalição (retirada) do omalizumabe para asma alérgica grave não controlada com CI /LABA.
Qualquer pessoa pode deixar uma contribuição até dia 11 de dezembro. Para isso, apenas é preciso fazer login em sua conta do portal gov.br.
Na asma grave, há extrema dificuldade de respirar. Essa dificuldade pode vir acompanhada de uma respiração muito rápida, com a pele “puxando” entre as costelas e a placa torácica durante a inalação. Além disso, pode ocorrer cianose, que é uma coloração muito pálida ou azulada nos lábios, face e unhas. Outros sinais incluem ainda: ansiedade ou pânico, tosse incontrolável, chiado grave, sudorese, movimento rápido das narinas e um peito inflado. O peito inflado permanece assim mesmo após expirar, podendo ocorrer uma ou duas vezes.
O que dizem os médicos: entra dupilumabe e mantém o omalizumabe
O pneumologista José Roberto Megda Filho aponta que o dupilumabe já está no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) e, portanto, já é oferecido pelos convênios de saúde: “Nós que temos experiência com o dupilumabe sabemos o quão bom é para tratar a asma grave”.
É importante apontar que na mesma consulta pública está se considerando descontinuar o omalizumabe do Sistema Único de Saúde. “Nós precisamos de novas terapias e não descontinuar medicamentos que são importantes para muitos pacientes. Imagine aqueles que já usam o omalizumabe, não podem ficar sem!”, diz o pneumologista.
O que dizem os pacientes
Lua Hellena, pessoa com asma, observa que muitas pessoas com asma, incluindo adultos que convivem com a doença há anos, desconhecem os imunobiológicos como opção de tratamento, assim como alguns médicos não mencionam essa alternativa.
“Eu mesma já utilizei diversos tratamentos, incluindo medicação oral, injetável, inaladores e bombinhas, mas, em alguns casos, isso não é suficiente. Nós, que convivemos com a asma, sentimos isso na pele, e eu já vivi essa realidade. A população precisa compreender que a asma é uma doença séria, que pode levar ao óbito. Muitas pessoas sofrem com a asma, desde bebês até idosos, em todas as faixas etárias.”
Ela enfatiza o impacto transformador que esse tratamento pode ter na qualidade de vida dos pacientes graves, mencionando sua própria experiência com diversas terapias que, muitas vezes, não são suficientes.
Saiba como participar da consulta pública
A consulta pública para avaliar a incorporação do dupilumabe para asma grave e a possível retirada do omalizumabe para asma alérgica grave não controlada vai até o dia 11 de dezembro. Para dar opinião sobre o assunto e participar da consulta, acesse o portal da Conitec.