27.02.2023 Outras Patologias

Dia da Anosmia é lembrado com ação de saúde em três cidades simultaneamente

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL) e Sanofi promoveram ações simultâneas nas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto e Salvador nesta segunda-feira, 27, para chamar atenção para o Dia da Anosmia, que é a perda do olfato. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância e o impacto em casos de Rinossinusite Crônica com pólipos nasais. Nos locais, médicos realizaram atendimentos e esclareceram dúvidas da comunidade.

A ausência do olfato pode ser decorrente de várias doenças, como infecções bacterianas ou pólipos nasais, que são uma das causas de rinossinusite crônica, por exemplo. “Isso veio muito à tona com a questão da covid-19. Muitos pacientes vieram a perder o olfato e era um dos primeiro sintomas. Até aqueles que já identificavam a perda de olfato já eram aconselhados a fazer o teste. Isso mostrou a importância desse sentido”, lembra o médico Ricardo Landini Lutaif Dolci, um dos organizadores desta ação, integrante da ABORL.

O otorrinolaringologista enfatiza que, na visão de especialistas da área, o olfato sempre foi considerado o sentido “esquecido” pela população: “Ninguém se lembrava e, cada vez mais, agora as pessoas dão importância. por exemplo, você ter a lembrança de um cheiro que remete a um momento super bacana da sua infância, a comida caseira da vovó, etc. O olfato também é importante como sinal de “alarme”. Quem não o tem, por exemplo, acaba mais vulnerável a uma questão de incêndio ou vazamento de gás, pois não sente o cheiro”, ressalta.

Ricardo Landini Lutaif Dolci aconselha que, se a pessoa sentiu que não tem mais olfato por um tempo prolongado, é hora de buscar ajuda. “Aqui a gente ouviu relatos de pacientes que estão há um ou dois anos sem sentir cheiro. Então, esse é um dos grandes desafios da medicina”, diz.

Algumas pessoas com rinossinusite crônica possuem pólipos nasais, que são crescimentos anormais dentro dos narizes ou seios paranasais. Os pólipos podem se tornar grandes e numerosos o suficiente para entupir os seios, causando sintomas.

Se você costuma ter dificuldade para respirar pelo nariz, não sai de casa sem os seus lenços, sente dor e pressão facial, não consegue aproveitar os aromas ao seu redor, acorda cansado e se sente assim ao longo do dia e tem sintomas que afetam sua produtividade e impactam em sua capacidade de trabalhar ou se envolver em atividades diárias, é importante procurar um especialista.

Sobre isso, o otorrinolaringologista da ABORL afirma que um dos problemas ainda a serem enfrentados pela ciência é a recidiva. “Às vezes, o paciente que tem os pólipos passa por uma cirurgia, ele volta a ter o olfato, porém, os pólipos voltam a crescer. Hoje em dia cada vez mais a medicina vem avançando, temos tratamentos que podem ajudar sem cirurgia, mas isso ainda está sendo muito estudado”, conclui Dolci.

A presença de pólipos também facilita a ocorrência de infecções respiratórias e podem causar crises de asma, apneia obstrutiva do sono e infecções oculares.

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