Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: saiba como e quando buscar ajuda
Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: saiba como e quando buscar ajuda
Como a hipertensão arterial, popularmente chamada ‘pressão alta’, se relaciona com outras doenças crônicas?
Palpitações, dores na nuca ou de cabeça persistentes, dificuldade para respirar. Estes podem ser alguns sintomas da hipertensão arterial que, normalmente, não apresenta sinais mais severos antes de ser diagnosticada de forma clínica.
Em 26 de abril, é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Popularmente conhecida como ‘pressão alta’, é o encontro de valores anormais de pressão arterial sistólica ou diastólica, a máxima ou a mínima. Elas precisam estar até 130 por 90. Acima disso, é considerada hipertensão. “Existem vários níveis e a gente classifica de acordo com os valores. Se a pessoa tem 160 por 80, ela tem hipertensão arterial, pois o que vale é a mais alta”, explica o médico Múcio Tavares de Oliveira Júnior, professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP.
O especialistas do Instituto do Coração e presidente atual do Departamento de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia ressalta que, para fazer a avaliação, é preciso passar por um diagnóstico clínico e a realização de exames mais detalhados. “Em determinado momento, todos devem aferir a pressão durante uma consulta médica, pois pode fazer um rastreio na população, mas quem deve ter mais cuidado são filhos de pais ou mães hipertensos. Ou aquela pessoa com histórico grande na família”, acrescenta.
A hipertensão arterial é multifatorial. “A ingestão excessiva de sal, o meio ambiente em que vive, então, se a pessoa vive em um ambiente de estresse intenso, se tem obesidade, se tem diabetes, tudo isso contribui para o indivíduo ter pressão alta”, explica Múcio Tavares de Oliveira Júnior.
Para tratar a condição crônica, é possível fazer uso de medicamentos ou não. “Faz parte do tratamento não medicamentoso o exercício físico. Não precisa ser diariamente, mas pelo menos 4 dias por semana, por 30 minutos, e pode ser caminhada ou corrida, tanto faz”, recomenda o cardiologista. A única contraindicação é exercício físico com uma carga muito intensa de pesos, caso a pressão não esteja controlada.
Quem tem insuficiência renal está vulnerável para ter hipertensão, assim como quem tem as doenças da glândula adrenal. A pressão alta também é fator de risco para outras patologias como doença arterosclerótica, AVC, infarto e insuficiência cardíaca.
Múcio Tavares de Oliveira Júnior também chama atenção para o consumo de sódio nos alimentos industrializados. Quanto maior a quantidade do elemento, pior para a saúde das pessoas que são mais propensas à doença. “A gente tem que evitar todos os alimentos ricos em sódio, por exemplo, 20 ml por porção é uma quantidade não adequada. E a gente tem que lembrar que alguns alimentos naturalmente tem sódio: queijos amarelos, enlatados, etc”, destaca o médico. Ele recomenda que todos diminuam, pela metade, o consumo de sal no tempero dos alimentos em casa mesmo.
Sobre as medicações, o cardiologista afirma que todas que existem no mercado são consagradas e não causam efeitos adversos e sem a necessidade de aumento de doses. “Não existe uma melhor do que a outra. A gente pode usar algum diurético, um bloqueador de canal de cálcio, um betabloqueador e muitos outros. Todas são boas, mas é preciso verificar a adequação do perfil do paciente”, conclui.
Assista a live completa com o médico do Instituto do Coração, Múcio Tavares, no canal da CDD no YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=qPGe_S_EDQw