E se eu parar de fumar? Essas iniciativas podem te ajudar!

Por CDD

E se eu parar de fumar?

O tabagismo é reconhecido mundialmente como uma das principais causas evitáveis de morte, responsável por milhões de óbitos anualmente. Você já se perguntou “e se eu parar de fumar?”

No Brasil, o controle do tabagismo tem sido uma prioridade de saúde pública, com políticas robustas e abrangentes implementadas ao longo das últimas décadas. Ou seja, essas políticas visam tanto a prevenção de começar a fumar quanto o pós, de largar o cigarro, além da proteção da população quanto à exposição ao fumo passivo. 

1. Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT)

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) é a espinha dorsal das iniciativas brasileiras contra o tabaco. Coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), o PNCT tem como principal objetivo reduzir a prevalência de fumantes e mitigar os impactos negativos do tabagismo na saúde pública. Então conheça as principais frentes de atuação:

  • Prevenção da iniciação ao tabagismo

O PNCT realiza campanhas educativas que visam desestimular o início do uso do tabaco, especialmente entre jovens. Por exemplo, as ações incluem palestras em escolas, campanhas de mídia e distribuição de materiais educativos que destacam os perigos do tabagismo.

  • Promoção da cessação

O programa oferece suporte gratuito para aqueles que desejam parar de fumar, incluindo aconselhamento psicológico e acesso a medicamentos como terapia de reposição de nicotina, bupropiona e vareniclina. De acordo com o programa, essas intervenções são fundamentais para aumentar as chances de sucesso na cessação.

  • Ambientes livres de fumaça

A criação de ambientes 100% livres de fumaça de tabaco é uma prioridade do PNCT, a fim de proteger os não-fumantes da exposição ao fumo passivo e desestimulando o consumo em locais públicos.

2. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS)

A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) integra o controle do tabagismo dentro de um escopo mais amplo de promoção de hábitos de vida saudáveis. Sendo assim, a PNPS apoia ações de prevenção, educação e promoção de ambientes saudáveis, reforçando a importância de reduzir os fatores de risco associados a doenças crônicas, como o tabagismo.

3. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)

Já que o tabagismo é um dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como câncer, doenças cardiovasculares e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT inclui o controle do tabaco como uma de suas metas prioritárias. Dessa forma, busca promover ações intersetoriais para reduzir a prevalência do tabagismo e mitigar seus impactos.

4. Programa Saúde na Escola (PSE)

O Programa Saúde na Escola (PSE) desempenha um papel crucial na prevenção do tabagismo entre jovens. Como parte das ações de promoção da saúde no ambiente escolar, o PSE tem por finalidade educar crianças e adolescentes sobre os perigos do tabaco e promover estilos de vida saudáveis desde cedo. Para tanto, promovem campanhas de conscientização, atividades educativas e a promoção de ambientes escolares livres de fumo.

5. Capacitação de profissionais de saúde

Uma das estratégias fundamentais para o sucesso das políticas de controle do tabagismo é a capacitação contínua dos profissionais de saúde. Então, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece treinamento para médicos, enfermeiros e outros profissionais, preparando-os para oferecer suporte eficaz na cessação do tabagismo. Essa capacitação inclui a abordagem de pacientes fumantes, o uso de terapias medicamentosas e o aconselhamento para a mudança de comportamento.

6. Fornecimento de medicamentos gratuitos

O acesso gratuito a medicamentos é uma peça chave na política de cessação do tabagismo no Brasil. Por isso, o SUS distribui gratuitamente terapias de reposição de nicotina, bupropiona e vareniclina para fumantes que desejam parar. Esses medicamentos são parte integrante do tratamento oferecido pelo PNCT e são disponibilizados em unidades de saúde por todo o país.

7. Legislação de Ambientes Livres de Fumaça (Lei Antifumo)

A Lei nº 12.546/2011, conhecida como Lei Antifumo, proíbe o fumo em locais fechados de uso coletivo, sejam eles públicos ou privados. Esta medida é crucial para proteger a população da exposição ao fumo passivo e para desestimular o uso de tabaco em locais públicos. Conforme a legislação brasileira, a medida é uma das mais rigorosas do mundo e sua implementação tem tido êxito na redução da prevalência do tabagismo.

8. Campanhas de conscientização e educação

Campanhas educativas são uma parte vital das políticas de controle do tabaco no Brasil. O governo realiza campanhas regulares em várias mídias para conscientizar a população sobre os perigos do tabagismo e os benefícios de parar de fumar. Essas campanhas visam tanto a população em geral quanto grupos específicos, como jovens e idosos, utilizando mensagens claras e baseadas em evidências para incentivar a cessação.

9. Monitoramento e avaliação

A eficácia das políticas de controle do tabaco no Brasil é monitorada por meio de pesquisas regulares, como a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Esses estudos fornecem dados essenciais sobre a prevalência do tabagismo, permitindo ajustes nas políticas e estratégias para garantir sua eficácia contínua.

10. Parcerias intersetoriais

A implementação das políticas públicas de controle do tabagismo no Brasil envolve a colaboração de diferentes setores do governo, como os Ministérios da Saúde, Educação, Justiça, e Fazenda, além de organizações não governamentais (ONGs) e a sociedade civil. Essa abordagem intersetorial é essencial para o sucesso das políticas, garantindo que as ações sejam amplamente disseminadas e sustentadas por uma base sólida de apoio institucional.

O Brasil tem se destacado como um líder global contra o avanço do tabagismo, graças a suas políticas públicas abrangentes e eficazes. Então, a combinação de prevenção, tratamento, proteção contra o fumo passivo e políticas de conscientização tem sido fundamental para a redução da prevalência do tabagismo no país. 

Entretanto, o desafio continua, especialmente diante de novas ameaças como os cigarros eletrônicos. As políticas públicas brasileiras precisam continuar evoluindo, fortalecendo o PNCT e outras iniciativas para garantir um futuro mais saudável e livre do tabaco para todos os brasileiros.

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