

Esclerose Múltipla no Brasil: informação, desafios e conexões de qualidade
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central. Apesar de ser considerada rara, ela é a doença neurológica crônica mais comum em adultos jovens, sendo uma das principais causas de incapacidade nessa faixa etária.
No Brasil, estima-se que cerca de 40 mil pessoas convivam com a Esclerose Múltipla. Ainda que o número pareça pequeno diante da população brasileira, o impacto da doença é profundo: a EM atinge pessoas em plena fase produtiva da vida, geralmente entre os 20 e 50 anos, exigindo adaptações constantes na rotina, no trabalho e nas relações sociais.
Um retrato da doença no Brasil
A prevalência da Esclerose Múltipla varia bastante entre as regiões do país. Enquanto o Nordeste apresenta uma média de 1,36 casos por 100 mil habitantes, no Sul esse número chega a 27,2 por 100 mil. Essa disparidade está ligada a fatores genéticos, ambientais e também à disponibilidade de diagnósticos mais precisos em determinadas regiões.
Em média, a prevalência brasileira é de 8,69 casos a cada 100 mil habitantes um dado que coloca a doença em evidência no cenário das doenças crônicas de alto impacto.
Rede de apoio: conexões que fazem a diferença
Conviver com a EM é um desafio que vai além dos sintomas físicos. A incerteza sobre o futuro, a necessidade de adaptações e os efeitos emocionais tornam o suporte essencial.
As redes de apoio desempenham papel fundamental nesse contexto, ajudando a:
- Reduzir o isolamento social;
- Compartilhar informações seguras;
- Oferecer acolhimento psicológico;
- Incentivar a adesão ao tratamento.
É por meio dessas conexões de qualidade que pacientes encontram forças para seguir com o tratamento e preservar sua autonomia.
A importância do diagnóstico precoce
Na Esclerose Múltipla, o tempo é um fator determinante. Quanto antes o diagnóstico é confirmado e o tratamento iniciado, maiores são as chances de reduzir surtos, preservar funções neurológicas e garantir melhor qualidade de vida a longo prazo.
Por isso, estar atento a sintomas como visão turva, formigamentos persistentes, dificuldades de coordenação e fadiga intensa é essencial. Ao menor sinal, a busca por um neurologista deve ser imediata.
Conclusão
A Esclerose Múltipla no Brasil ainda enfrenta desafios, desde o acesso desigual ao diagnóstico e tratamento até a necessidade de fortalecer políticas públicas e de saúde. No entanto, informação, mobilização social e conexões de qualidade são ferramentas poderosas para transformar essa realidade.
Neste Agosto Laranja, reforçamos a importância de olhar para além dos números e enxergar as vidas que estão por trás deles. Porque conviver com EM não é apenas uma questão de saúde: é também uma questão de dignidade, inclusão e cidadania.
Saiba mais em: agostolaranja.org.br