25.08.2025 Esclerose Múltipla

Esclerose Múltipla no Brasil: informação, desafios e conexões de qualidade

Por CDD

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central. Apesar de ser considerada rara, ela é a doença neurológica crônica mais comum em adultos jovens, sendo uma das principais causas de incapacidade nessa faixa etária.

No Brasil, estima-se que cerca de 40 mil pessoas convivam com a Esclerose Múltipla. Ainda que o número pareça pequeno diante da população brasileira, o impacto da doença é profundo: a EM atinge pessoas em plena fase produtiva da vida, geralmente entre os 20 e 50 anos, exigindo adaptações constantes na rotina, no trabalho e nas relações sociais.

Um retrato da doença no Brasil

A prevalência da Esclerose Múltipla varia bastante entre as regiões do país. Enquanto o Nordeste apresenta uma média de 1,36 casos por 100 mil habitantes, no Sul esse número chega a 27,2 por 100 mil. Essa disparidade está ligada a fatores genéticos, ambientais e também à disponibilidade de diagnósticos mais precisos em determinadas regiões.

Em média, a prevalência brasileira é de 8,69 casos a cada 100 mil habitantes  um dado que coloca a doença em evidência no cenário das doenças crônicas de alto impacto.

Rede de apoio: conexões que fazem a diferença

Conviver com a EM é um desafio que vai além dos sintomas físicos. A incerteza sobre o futuro, a necessidade de adaptações e os efeitos emocionais tornam o suporte essencial.

As redes de apoio desempenham papel fundamental nesse contexto, ajudando a:

É por meio dessas conexões de qualidade que pacientes encontram forças para seguir com o tratamento e preservar sua autonomia.

A importância do diagnóstico precoce

Na Esclerose Múltipla, o tempo é um fator determinante. Quanto antes o diagnóstico é confirmado e o tratamento iniciado, maiores são as chances de reduzir surtos, preservar funções neurológicas e garantir melhor qualidade de vida a longo prazo.

Por isso, estar atento a sintomas como visão turva, formigamentos persistentes, dificuldades de coordenação e fadiga intensa é essencial. Ao menor sinal, a busca por um neurologista deve ser imediata.

Conclusão

A Esclerose Múltipla no Brasil ainda enfrenta desafios, desde o acesso desigual ao diagnóstico e tratamento até a necessidade de fortalecer políticas públicas e de saúde. No entanto, informação, mobilização social e conexões de qualidade são ferramentas poderosas para transformar essa realidade.

Neste Agosto Laranja, reforçamos a importância de olhar para além dos números e enxergar as vidas que estão por trás deles. Porque conviver com EM não é apenas uma questão de saúde: é também uma questão de dignidade, inclusão e cidadania.

Saiba mais em: agostolaranja.org.br

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