

HPN: do diagnóstico à adesão — como superar as barreiras e cuidar da sua saúde
Receber o diagnóstico de Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) é um passo importante para entender o que está acontecendo com o seu corpo e iniciar o cuidado correto.
Mas essa não é a linha de chegada. É o ponto de partida de uma nova fase da sua vida: a jornada de tratamento.
Apesar dos avanços nas terapias e da possibilidade de viver com mais qualidade, muitos pacientes encontram obstáculos que dificultam seguir o tratamento como indicado. Entender essas barreiras e saber como vencê-las é essencial para garantir resultados duradouros.
Por que a adesão ao tratamento é um desafio?
Mesmo depois de receber o diagnóstico, pacientes com HPN podem enfrentar dificuldades como:
- Acesso limitado a medicamentos de alto custo no sistema de saúde.
- Distância dos centros de aplicação, exigindo deslocamentos frequentes.
- Falta de informação clara sobre a doença e sobre as opções terapêuticas.
- Efeitos colaterais que podem desmotivar a continuidade.
- Impacto na rotina, especialmente em tratamentos que exigem idas quinzenais ou mensais para infusão.
Conheça as opções de tratamento
O cuidado com a HPN tem como objetivos reduzir a hemólise, prevenir trombose, tratar sintomas e melhorar a qualidade de vida. Entre as abordagens, temos:
- Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (alogênico) – Um tratamento potencialmente curativo, indicado apenas em situações específicas devido aos riscos.
- Inibidores do complemento disponíveis no SUS – Eculizumabe e Ravulizumabe
Outras opções em uso ou em avaliação:
- Pegcetacoplana – não incorporada ao SUS, disponível apenas no setor privado.
- Iptacopan – via oral, aprovado pela Anvisa, uso privado.
- Crovalimabe – em análise pela CONITEC.
Terapias de suporte
- Anticoagulação, transfusões quando necessárias, manejo de complicações e acompanhamento multiprofissional.
Essas aplicações são feitas em hospitais, clínicas especializadas ou centros de referência, tanto no SUS quanto na rede privada.
Por que manter o tratamento contínuo é fundamental?
Interromper ou atrasar as doses pode reativar a hemólise, aumentando o risco de complicações graves como:
- Tromboses
- Insuficiência renal
- Crises dolorosas e fadiga intensa
O tratamento contínuo mantém o controle da doença, protege contra eventos graves e preserva a qualidade de vida.
Dicas para manter a adesão
- Organize seu calendário de aplicações e marque alarmes no celular.
- Converse com seu médico sobre opções que se encaixem melhor no seu estilo de vida.
- Peça apoio da família para logística e acompanhamento nas consultas.
- Informe-se sobre os seus direitos no SUS ou no plano de saúde.
- Anote e comunique efeitos colaterais para ajustes no tratamento.
Você é parte ativa no seu cuidado
A HPN é uma condição que exige disciplina e atenção contínua, mas também pode ser controlada com acompanhamento adequado.
Ao entender a importância do tratamento, conhecer suas opções e buscar apoio, você transforma o diagnóstico em um ponto de virada, não em um ponto final.
Apoio: AstraZeneca