Janeiro branco, saúde mental e doenças crônicas
A campanha Janeiro Branco tem a pretensão de disseminar as discussões e conscientização sobre saúde mental não só neste mês, mas ao longo do ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou 25% no primeiro ano de pandemia de covid-19, por exemplo. Uma pesquisa do Instituto Ipsos indica que a saúde mental é a segunda maior preocupação do brasileiro, apontada por 49% dos entrevistados.
Na análise da psiquiatra Flavia Puppi, formada pela Faculdade de Medicina da USP, com residência no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, é preciso educar para a saúde mental desde a tenra idade. “A gente precisa fazer um trabalho desde a infância e adolescência para que eles aprendam o que é saúde mental. Assim como a gente leva ao pediatra. A saúde mental ainda é muito negligenciada no Brasil”, diz. A especialista no atendimento de transtornos de ansiedade, depressivos e de humor ressalta que nós precisamos aprender a nomear os nossos sentimentos para identificar as emoções.
No contexto das doenças crônicas, as pessoas necessitam fazer uma transformação pessoal diante dos diagnósticos: seja na dinâmica das relações com familiares e amigos, nos hábitos alimentares, na rotina de exercícios físicos e no acompanhamento com profissionais de saúde.
“Vejo que, diante dos diagnósticos de quaisquer doenças crônicas, a pessoa está diante da ansiedade, que é o medo do desconhecido, e a tristeza, muitas vezes pelas situações incapacitantes que cada caso pode apresentar, e que pode colocar a pessoa diante da depressão. É preciso desenvolver esse olhar atento em relação às consequências também da saúde mental”, afirma a psicóloga Camila Tuchlinski, apresentadora do Saúde na Roda.
Seja nas doenças respiratórias, cardíacas, neurológicas, de pele, não são raros os casos de comorbidades como depressão e ansiedade. Aqueles que têm diagnósticos que trazem prejuízos à qualidade de vida, as atividades do dia a dia e as relações interpessoais precisam cuidar da saúde mental também.
Como diagnósticos de doenças crônicas fazem intersecção com questões psiquiátricas?
Acompanhe a edição do Saúde na Roda sobre Janeiro Branco, saúde mental e doenças crônicas. A apresentadora e psicóloga Camila Tuchlinski e o fundador das ongs AME e CDD receberam a psiquiatra Flavia Puppi, formada pela Faculdade de Medicina da USP, com residência no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, e especializada no atendimento de transtornos de ansiedade, depressivos e de humor.