NMO: uma doença rara que continua invisível para o sistema de saúde

Por CDD

A Neuromielite Óptica (NMO), ou Espectro da Neuromielite Óptica (NMOSD), é uma doença rara, autoimune e grave que atinge principalmente os nervos ópticos e a medula espinhal. Além disso, é uma doença correlata à Esclerose Múltipla – o que significa que os pacientes de EM têm mais chances de desenvolvê-la. Seus surtos podem causar perda visual irreversível, paralisia e forte impacto na autonomia das pessoas.

Apesar da gravidade, a realidade brasileira para quem convive com a NMO ainda é marcada por atrasos, decisões desfavoráveis do poder público e falta de acesso à tecnologias .

O cenário atual no SUS

Nos últimos anos, dois medicamentos fundamentais para o manejo da doença receberam pareceres desfavoráveis da Conitec:

Na prática, isso significa que as únicas terapias específicas para NMO aprovadas no mundo foram negadas no Brasil, mantendo os pacientes restritos a terapias antigas, de eficácia limitada.

Em junho de 2025, houve finalmente um avanço: o Ministério da Saúde deu parecer favorável à incorporação do teste de anticorpos anti-aquaporina 4 (AQP4), essencial para confirmar o diagnóstico da NMO. Essa vitória Essa vitória só foi possível graças à submissão de um dossiê realizado pela CDD, que levou à pauta a urgência desse acesso.

Ainda assim, essa vitória é parcial. O exame foi incorporado, mas segue indisponível para os pacientes do SUS. Além disso, não há clareza sobre como será operacionalizado: quando o teste será oferecido, em quais serviços, e qual será o protocolo clínico para sua 

O atraso que custa qualidade de vida

Hoje, o PCDT de NMO está em elaboração, mas o processo é lento e contraditório. Em resposta ao pedido de informação realizado pela CDD via Lei de Acesso à Informação (LAI), o próprio Ministério da Saúde afirmou que o teste não precisaria de inclusão no

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