O que é ansiedade climática?
Saiba o significado e como o termo “ansiedade climática” tem impactado na rotina das pessoas
Nos últimos 5 anos, as buscas em português no Google pelo termo ‘ansiedade climática’ aumentaram 73 vezes. É o que revelou uma pesquisa realizada pela BBC em novembro de 2023. De acordo com o estudo, uma das perguntas mais frequentes é ‘como resolver as alterações climáticas’.
A BBC também pediu ao Google que calculasse quais países do mundo mais se preocupavam com a questão. Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca foram responsáveis por 40% do interesse na plataforma de pesquisa na web. O Brasil e a América Latina não aparecem significativamente nesse índice de busca.
A chamada ansiedade climática é, segundo a Associação Americana de Psicologia (APA), o “medo crônico de sofrer um cataclismo ambiental que ocorre ao observar o impacto das mudanças climáticas gerando uma preocupação associada ao futuro de si mesmo e das gerações futuras”.
Em 2023, muitos brasileiros sentiram os efeitos do aquecimento global e das mudanças climáticas no dia a dia. Em alguns estados do País, a sensação térmica em novembro, por exemplo, no Rio de Janeiro, chegou a mais de 50,6°C. Na mesma semana, ainda em praias cariocas, o mar literalmente expulsou banhistas e vendedores das barracas da orla. Também foram registrados tempestades de areia em Manaus, no Amazonas, e chuvas fortes que destelharam casas e deixaram milhares de pessoas sem energia elétrica na capital paulista.
A instabilidade em relação ao tempo e temperatura causam desconfiança entre as pessoas, que começam a desacreditar nas previsões dos aplicativos de celular ou até mesmo em plataformas especializadas no tema. Altas temperaturas são responsáveis por uma maior sensação de irritabilidade e impotência. Pode reparar que, quando não acostumados com o calor, nos sentimos abatidos e incapazes de fazer as coisas também.
E como fazer para lidar com um tema que parece distante dos brasileiros? É importante tomar conhecimento sobre os efeitos da mudança climática mas, como tudo na vida, com moderação. Além disso, podemos fazer a nossa parte para não impactar ainda mais o planeta, adotando práticas sustentáveis e escolhas conscientes de consumo.
Do ponto de vista corporal, entender de que maneira as altas ou baixas temperaturas podem agravar quadros de doenças crônicas ou desencadear outras que são atreladas ao ambiente é importante. E a saúde mental também requer cuidados, com acompanhamento, quando possível, de psicoterapia e outras alternativas, como meditação e técnicas de respiração, por exemplo. Assim, conseguimos nos preparar para o futuro que nos reserva.