O que meu estilo de vida tem a ver com a osteoporose?
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A osteoporose (OP) é uma doença crônica caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea e pela deterioração da microarquitetura óssea. Essa diminuição torna os ossos mais frágeis e aumenta o risco de fraturas, especialmente em idosos e mulheres pós-menopáusicas.
Essa condição representa uma preocupação global de saúde pública, porque apresenta altos índices de incapacidade, mortalidade e impacto psicossocial. De acordo com pesquisas, a osteoporose afeta de 30 a 50% das mulheres e de 15 a 30% dos homens acima de 50 anos em todo o mundo. Isso reflete a necessidade urgente de estratégias de prevenção e intervenção.
Fatores de risco da osteoporose e causas
A causa da osteoporose é multifatorial, incluindo componentes genéticos, hormonais, nutricionais e ambientais. Quanto à perda de massa óssea, que ocorre naturalmente com o envelhecimento, há aceleração pela carência de cálcio, vitamina D, por exemplo.
Portanto, o estilo de vida é um fator chave, uma vez que hábitos como o sedentarismo, consumo de álcool, tabaco e refrigerantes, podem ter relação com a redução da Densidade Mineral Óssea e ao aumento da predisposição para fraturas. De acordo com a pesquisa de Porto et al. (2017), fatores de risco como idade, sedentarismo, baixa exposição ao sol e consumo inadequado de laticínios têm relação com a piora do quadro clínico da osteoporose. Além disso, as mulheres estão mais vulneráveis devido à queda nos níveis de estrogênio pós-menopausa, que influencia diretamente a absorção de cálcio e a formação óssea.
Relação entre estilo de vida e saúde óssea
As práticas de vida têm grande impacto na saúde óssea e na evolução da osteoporose. Exercícios físicos regulares, exposição adequada ao sol e uma dieta rica em cálcio e vitamina D são importantes na manutenção da densidade óssea e na prevenção de fraturas. É possível comprovar isso na pesquisa de Porto et al. (2017). O estudo mostrou que aqueles com hábitos pouco saudáveis apresentavam menor Densidade Mineral Óssea e perda de equilíbrio postural, o que aumenta o risco de quedas. Logo, destacou-se a importância de manter uma rotina ativa e de evitar comportamentos que comprometem a saúde óssea.
No estudo, observou-se uma relação estatisticamente significativa entre a baixa Densidade Mineral Óssea e condições de estilo de vida, como tabagismo e baixa exposição solar. Pacientes que praticavam atividades ao ar livre e consumiam produtos lácteos regularmente apresentaram melhores resultados nos testes de densidade óssea, indicando que essas práticas são potencialmente protetoras contra a osteoporose .
Consequências da osteoporose e impacto na qualidade de vida
A osteoporose traz consequências graves para a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que a fragilidade óssea limita a independência. Ou seja, aumenta a necessidade de cuidados prolongados em casos de fraturas. As fraturas de fragilidade mais comuns ocorrem na coluna, quadris e punhos, resultando em dor crônica, incapacidade funcional e, em casos graves, até mortalidade. O impacto psicossocial é também significativo, pois os indivíduos frequentemente enfrentam medo de quedas e isolamento social.
Prevenção e diagnóstico precoce
A prevenção precoce da osteoporose deve começar na infância e continuar ao longo da vida. Dessa forma, o diagnóstico precoce é possível com o cuidado regular da saúde. Ele se dá através da densitometria óssea, que permite avaliar a densidade mineral e detectar a doença antes da ocorrência de fraturas. Esse diagnóstico é crucial, pois a osteoporose ainda é subdiagnosticada, sendo necessário aumentar a conscientização e o acesso a avaliações periódicas.
Programas de promoção de saúde que incentivem uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos, por exemplo, podem contribuir para a redução do risco de osteoporose. A pesquisa de de Porto et al. (2017) se utilizou de questionários e entrevistas semiestruturadas. Através disso, evidenciou o impacto positivo de boas práticas de saúde, tais como: ingestão de cálcio, fortalecimento muscular e o equilíbrio postural. Esses elementos ajudam a prevenir quedas e fraturas.
Conclusão
A osteoporose é uma condição de saúde pública crítica, cuja prevenção deve ser parte de uma abordagem contínua. Assim, envolve alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e conscientização sobre a importância da saúde óssea desde cedo. De acordo com Porto et al. (2017), um estilo de vida saudável é essencial para reduzir o impacto da osteoporose na qualidade de vida e na independência dos indivíduos.