14.10.2025 Esclerose Múltipla

Quando o invisível pesa: a fadiga na Esclerose Múltipla

Por CDD

O sintoma que ninguém vê, mas que muda tudo.

A fadiga é um dos sintomas mais comuns da Esclerose Múltipla (EM) — e, ao mesmo tempo, um dos menos compreendidos.
Muitos pacientes descrevem esse cansaço como algo “além do normal”: não é preguiça, nem sono acumulado. É uma exaustão que vem de dentro, que afeta o corpo, o raciocínio, as emoções e até a forma como se relacionam com o mundo.

Mais do que cansaço físico

A fadiga da EM tem origem neurológica. Ela acontece porque o cérebro e a medula precisam trabalhar mais para transmitir os sinais elétricos pelos neurônios, que estão com a mielina danificada.
Além disso, fatores como o calor, o estresse e noites mal dormidas podem piorar o quadro.

Mas há também o lado invisível: a cobrança, o julgamento e a dificuldade de explicar a alguém por que “não dá pra hoje”.

O impacto na rotina

Para muitas pessoas com EM, a fadiga interfere no trabalho, na vida social e até nas tarefas mais simples do dia.
“É como se o corpo parasse antes da mente”, relatam alguns pacientes.
Por isso, compreender esse limite é fundamental — tanto para quem convive com a doença quanto para quem convive com o paciente.

Como lidar

Não existe uma fórmula única, mas há estratégias que ajudam:

O descanso também é parte da luta

Reconhecer a fadiga é validar uma parte importante da experiência de quem vive com EM.
O corpo está pedindo pausa, e respeitar esse limite é também uma forma de cuidado.

Nem sempre é preciso dar conta de tudo. Às vezes, cuidar de si é o suficiente.

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