

Último dia para participar da chamada pública sobre a vacina para herpes zóster.
Hoje, 06 de junho de 2025, é o último dia para participar da Chamada Pública nº 49/2025 do Ministério da Saúde sobre a incorporação da vacina recombinante para herpes zóster no Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta visa incluir a vacina para pessoas imunocomprometidas com 18 anos ou mais, conforme indicações dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), e também para idosos com 80 anos ou mais.
A chamada pública encerra hoje, às 23h59. Para participar, é necessário acessar o portal Participa + Brasil do Governo Federal e deixar sua contribuição através do portal gov.br
O que é uma chamada pública?
Uma chamada pública é uma consulta em que qualquer pessoa pode opinar sobre decisões importantes de saúde, como a incorporação de novas vacinas e tratamentos no SUS.
Sua participação fortalece a democracia e pode influenciar diretamente as decisões, tornando-as mais alinhadas às necessidades reais da população.
Herpes zóster: uma doença com impactos significativos
O herpes zóster, popularmente conhecido como “cobreiro”, é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. A doença manifesta-se como uma erupção cutânea dolorosa que geralmente afeta um lado do corpo, seguindo o trajeto de nervos sensitivos.
Os desafios dessa condição são múltiplos:
- Dor intensa e debilitante, que pode persistir por meses ou anos (neuralgia pós-herpética)
- Complicações graves, especialmente em pessoas imunocomprometidas
- Impacto significativo na qualidade de vida, autonomia e saúde mental
- Tratamentos limitados e, muitas vezes, apenas paliativos
- Risco aumentado de complicações neurológicas, oculares e outras condições secundárias
Para grupos vulneráveis, como imunocomprometidos e idosos, a doença representa um risco ainda maior, com potencial para hospitalização prolongada e sequelas permanentes.
A vacina recombinante: prevenção eficaz
A vacina recombinante para herpes zóster representa um avanço significativo na prevenção da doença. Diferentemente da vacina atenuada, a versão recombinante não contém vírus vivos, tornando-a segura para pessoas com sistema imunológico comprometido.
Estudos demonstram que esta vacina oferece:
- Alta eficácia na prevenção do herpes zóster (mais de 90% em adultos)
- Proteção duradoura, com manutenção de níveis adequados de anticorpos por anos
- Redução significativa da ocorrência de neuralgia pós-herpética
- Perfil de segurança adequado para os grupos prioritários
Posicionamento da CDD sobre a vacina recombinante para herpes zóster
A CDD é favorável à incorporação da vacina recombinante para herpes zóster no SUS. O herpes zóster é uma doença dolorosa e incapacitante, capaz de causar semanas – ou até meses – de dor intensa, lesões na pele e, em muitos casos, sequelas que prejudicam de forma significativa a qualidade de vida das pessoas. Em idosos e imunocomprometidos, o impacto pode ser devastador: a doença pode levar à hospitalização, depressão, isolamento social e perda da autonomia.
A principal forma de evitar esse sofrimento é ampliar o acesso à prevenção. Ter a vacina disponível no SUS oferece mais proteção e dignidade a quem mais precisa, reduz custos com internações e sequelas e proporciona real melhoria na qualidade de vida dos brasileiros mais vulneráveis.
A CDD defende que a saúde pública deve priorizar medidas que previnam o sofrimento, a exclusão e a desigualdade social. Ampliar o portfólio de vacinas do SUS e garantir o acesso a tecnologias inovadoras é fundamental para construirmos um sistema público de saúde mais justo, eficiente e humano.
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