Participe da consulta sobre tratamento para osteoporose
Está aberta a consulta pública para a ampliação do uso do romosozumabe para osteoporose grave. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) publicou, no último dia 28 de junho, a consulta pública SECTICS/MS Nº 39/2024.
A consulta ficará aberta até o dia 22 de julho. Para participar, basta fazer o login no portal gov.br e deixar sua contribuição.
O parecer preliminar da Conitec foi favorável à ampliação de uso do romosozumabe no SUS para mulheres em pós-menopausa com osteoporose grave e em falha terapêutica. De acordo com o relatório disponível na página da consulta, “o Comitê considerou o medicamento eficaz, seguro e com resultados de custo minimização favorável ao sistema de saúde”.
Como funciona o Romosozumabe
Inibindo uma proteína chamada Esclerostina, o romosozumabe promove o desenvolvimento ósseo e reduz a quebra dos ossos. Esse efeito duplo promove a melhora da massa e estrutura óssea.
A aplicação do medicamento é mensal, via injeção. Em comparação com outros medicamentos disponibilizados para osteoporose grave, o romosozumabe tem maior eficiência em diminuir as fraturas e melhorar a qualidade de vida.
De acordo com a médica Pérola Papler, a diminuição da idade para qual o romosozumabe é indicado dos 70 para os 50 anos de idade representa um ganho muito grande para mulheres com osteoporose. “A antecipação dessa idade é muito importante, porque pode mudar o rumo da vida de mulheres em uma fase ainda muito produtiva. Se aos 50 anos consigo tratar uma paciente, melhorando sua qualidade óssea, permito que ela viva os 20 anos dessa diferença com muito mais qualidade de vida, sem medo de fraturar com pequenos traumas, com mais autonomia e sensação de liberdade em função disso. Assim, a chance de fraturas nesse período diminui bastante com a medicação, permitindo a participação nas atividades familiares e laborativas que vinha desenvolvendo”, ressalta.
Posicionamento CDD sobre a consulta pública de osteoporose
A CDD se coloca de forma favorável à ampliação da indicação do romosozumabe, uma terapia segura, eficiente e de fácil posologia. Dessa forma, consideramos necessária a inclusão de mais opções de tratamento para a osteoporose. Esta é uma condição que pode representar uma queda na qualidade de vida rapidamente.
Apesar do parecer preliminar favorável do Conitec, a vice-presidenta da CDD, Giulia Gamba, lembra a importância da participação popular. Segundo ela, essa participação é fundamental não somente pela necessidade de manter o parecer do relatório final, mas também pelo fortalecimento dos sistemas de participação cidadã. “As consultas populares são importantes para a democracia. A CDD trabalha pensando sempre no fomento de uma cultura democrática participativa e de sua importância. Nesse sentido, a participação popular é um dos principais instrumentos que temos para melhorar nosso sistema de saúde”, afirma Gamba.
