18.10.2024 Osteoporose

Entenda a osteoporose em mulheres

Por CDD

Entenda a osteoporose em mulheres: fraturas, mobilidade, dor crônica, nutrição e gravidez

A saúde da mulher enfrenta diversos desafios únicos. Entre as condições mais prevalentes e preocupantes para este grupo, está a osteoporose. Mais de 1 milhão de mulheres na pós-menopausa sofrem fraturas vertebrais anualmente.

Essa é uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Isso leva a um aumento da fragilidade dos ossos e, consequentemente, a um maior risco de fraturas. As mulheres são desproporcionalmente afetadas pela osteoporose por várias razões:

O risco de uma mulher sofrer uma fratura osteoporótica ao longo da vida varia de 40% a 50%, fora que as mulheres têm aproximadamente o dobro de fraturas de quadril em comparação aos homens. Além disso, a dor crônica associada à osteoporose pode levar a limitações funcionais significativas.

Osteoporose pode levar à deficiência

As fraturas osteoporóticas, especialmente de quadril e coluna, podem resultar em deficiência permanente de mobilidade. De acordo com pesquisas, após uma fratura de quadril, 40% das pacientes ainda não conseguem caminhar independentemente em um ano.

O que leva ao quadro de 60% das mulheres com fraturas osteoporóticas não conseguirem executar pelo menos uma atividade essencial da vida diária. Além disso, 80% enfrentam desafios em tarefas como dirigir e fazer compras.

Deficiências podem aumentar o risco de osteoporose em mulheres?

  • Por outro lado, mulheres com deficiências que limitam a mobilidade têm maior risco de desenvolver osteoporose, devido à falta de exercícios. De acordo com estudos, a inatividade física pode acelerar a perda óssea em até 1% ao mês;
  • Além disso, algumas medicações comumente usadas para tratar condições crônicas (como corticosteroides) podem aumentar o risco de osteoporose;
  • Mulheres com certas deficiências podem ter dificuldades em manter uma dieta adequada, levando a deficiências de cálcio e vitamina D;
  • Aproximadamente 8,4% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva têm alguma deficiência. Esse número aumenta em grupos socioeconômicos mais baixos. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que uma em cada quatro mulheres viva com alguma limitação funcional.

Desafios na gravidez

Mulheres com deficiências enfrentam riscos aumentados durante a gravidez, incluindo complicações relacionadas à osteoporose. Adicionalmente, a gravidez e a lactação podem exacerbar a perda óssea em mulheres já em risco.

Para se ter uma ideia, as condições mais prevalentes em mulheres grávidas com deficiência nos EUA são artrite e problemas na coluna ou pescoço, ambas intimamente relacionadas à saúde óssea.

Estratégias de prevenção e manejo

A interseção entre osteoporose e condições de deficiência em mulheres representa um desafio significativo de saúde pública. Ou seja, nesse sentido, é crucial que profissionais de saúde estejam cientes da relação complexa para fornecer cuidados abrangentes e personalizados.

Para mulheres que vivem com deficiências, a prevenção e o manejo precoce da osteoporose são fundamentais para manter a independência e a qualidade de vida. Ao mesmo tempo, para aquelas diagnosticadas com osteoporose, é essencial estar atenta aos sinais de limitações funcionais e buscar suporte adequado.

Mulheres com deficiências devem receber avaliações regulares de densidade óssea, começando em idades mais jovens, por meio de uma avaliação de risco personalizada. Portanto, programas de exercícios devem ser adaptados às limitações específicas de cada mulher, promovendo a saúde óssea por meio de atividades personalizadas, como hidroterapia e exercícios de baixo impacto. 

Além disso, a nutrição também deve ser otimizada, com suplementação adequada de cálcio e vitamina D. Assim, levando em conta as necessidades individuais e orientação nutricional, é possível superar barreiras dietéticas relacionadas à deficiência. Ou seja, uma abordagem multidisciplinar é fundamental, envolvendo a colaboração de especialistas em osteoporose, fisiatras, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para um cuidado holístico e integrado.

A conscientização, a educação e o acesso a cuidados de saúde adaptados são pilares essenciais para abordar esse problema. Com a abordagem correta, é possível minimizar o impacto da osteoporose e melhorar significativamente a vida das mulheres que enfrentam esses desafios de saúde interligados.

Referência:

Compartilhe

Leia Também