Entenda a enxaqueca crônica: o que a diferencia?
Conhecendo a enxaqueca crônica…
A enxaqueca é um dos tipos mais comuns de cefaleia. Cerca de 15% da população mundial convive com essa condição e a maioria destas pessoas apresenta episódios de enxaqueca, com crises bem definidas e vários dias ou semanas (ou até mais) entre uma crise e outra. No entanto, para uma parcela do grupo, a enxaqueca é um problema crônico.
Mas o que diferencia a enxaqueca crônica de outro tipo?
A condição crônica se caracteriza por episódios longos e/ou frequentes de enxaqueca, de tal forma que pode ser difícil apontar quando um episódio termina e outro começa. Ou seja, a enxaqueca crônica dura mais tempo e ocorre com maior frequência. Pesquisas estimam que a enxaqueca crônica afeta entre 1% e 2,2% da população mundial, sendo que assim como enxaqueca episódica é mais comum entre mulheres.
Características da enxaqueca crônica
Os sintomas da enxaqueca crônica são, em geral, os mesmos da forma episódica. Mas, para caracterizar enxaqueca crônica, os sintomas devem ocorrer ao menos 15 dias por mês por pelo menos 3 meses seguidos, além de apresentar duas das seguintes características durante 8 dias ao mês:
– Dor entre moderada e severa;
– Afeta predominantemente um dos lados da cabeça;
– Sensação latejante no lado afetado;
– Começa ou piora depois da atividade física.
Diagnóstico e tratamento
A enxaqueca é causada por interações genéticas e ambientais. Alguns fatores podem contribuir para a cronicidade da condição, como problemas vasculares ou químicos do cérebro, ou alguma condição subjacente do sistema nervoso central. Além disso, existem diversos gatilhos que podem desencadear crises de enxaqueca e é importante saber reconhecer quais fatores interagem para cada um.
O diagnóstico da enxaqueca crônica é feito principalmente através de avaliação clínica, dos sinais e sintomas apresentados. Um médico também levará em consideração o histórico médico e familiar da pessoa. Em alguns casos, para descartar outras possíveis condições, pode ser solicitado exames como tomografia ou ressonância magnética.
Já o tratamento é feito com um neurologista e existem opções medicamentosas para o controle da condição, como analgésicos, anti-inflamatórios e triptanos, entre outros. É importante pontuar que mudanças no estilo de vida podem ser cruciais para casos da condição. Então, deve-se manter uma rotina de exercícios e sono regular, assim como alimentação com menos gorduras (leia também orientações gerais para enxaqueca). É possível também utilizar terapias alternativas para auxiliar no controle da enxaqueca, como massoterapia ou acupuntura.
A enxaqueca em um impacto muito forte na qualidade de vida e na habilidade da pessoa de realizar suas tarefas cotidianas normalmente. Então, é fundamental saber reconhecer quando um quadro de enxaqueca se torna crônico e buscar ajuda especializada. Informação é o melhor remédio!